sábado, 12 de março de 2011

Crise na meia idade
Carlos era um garanhão de meia idade. Tinha qualquer mulher na mão, num estalar de dedos, ela - ou elas - estavam comendo em sua mão. Não se prendia a relacionamentos. Carlos era definitivamente o rei das mulheres.

Certo dia, mais exatamente numa sexta feira, fechou o escritório mais cedo e chamou o pessoal para ir à boate que tinha sido inaugurada há poucos dias. E todos foram.

Lá dentro, Carlos logo se incomodou com a presença do Serginho, um garotão na faixa dos 20, tão galanteador quanto Carlos, que na verdade se sentia ameaçado com o jovem.

Então Carlos avistou Maria Lúcia, doce Lucinha, e logo veio à lembrança a burrice de ter ficado logo com a Juliana, melhor amiga dela.

Carlos estava indo na direção da Maria Lucia quando Serginho foi mais rápido, falou alguma coisa no seu ouvido, ela riu e ele saiu com cara de safado. Pensou:
-Porra, a Lucinha não !
Carlos ficou no bar da boate. Só saía para ir ao banheiro e foi numa dessas idas e vindas que a Maria Lucia o avistou e foi falar com ele.
- Carlos? como vai?
- Vou bem.
- Ih, tá seco. Que bicho te mordeu?
- Pô Lucinha, você acha que tem idade para ficar com garotos mais jovens?
- Como assim Carlos?
- Aquele ali - apontando para o Serginho. Tá tendo um caso com ele?
- O Serginho?
- É.
- HAHAHAHAHA, tá de brincadeira.
- Não, eu vi como vocês se olharam.
- Carlos, ele é meu filho.
- Mentira !
- Sim e acho bom você ir acabando com essa raivinha dele.
- Por que ?
- Carlos, você lembra daquele final de semana em saquarema?
- Lembro, como lembro!
- Então...
Carlos ficou observando Serginho a noite toda ao lado da Lucinha procurando semalhanças entre os dois. E todo aquele ódio se transformou em orgulho e admiração até o teste de DNA comprovar a paternidade.

terça-feira, 8 de março de 2011

Farras Carnavalescas
Mário era casado com Joana, mas como ele dizia "Não era um detalhe desses que o iria impedir de às vezes relembrar seus tempos de solteiro".
Num carnaval, toda a turma da formatura de 5 anos atrás se reuniu com seus respectivos companheiros(as) num encontro na casa do Carlos. Mário e Alfredo estavam colocando seus papos masculino em dia enquanto suas esposas estavam se conhecendo e falando dos defeitos que ambos tinham em comum.

- Mário, tenho truques para enrolar a Natália
- Quais?
- Eu ando com um saco de terra no porta-malas, quando me atraso, sujo o carro todinho e digo que atolei.
E a festa fluiu normalmente, porém Juninho, o mais novo da turma se embriagou e não teve condições de assumir qualquer um de seus atos, tampouco dirigir.
Coube a Alfredo e Mário a incubência de levá-lo para casa. Na volta, a rua estava fechada por conta de um bloco. Os dois se olharam, não pensaram duas vezes e caíram na folia.
Se esbaldaram na promíscuidade carnavalesca. Era tanta farra que Mário desconfiou que Janaína, a mulher que Alfredo tinha dado um amasso, era na verdade transexual.
Depois de tanta farra, indo para casa, Mário diz para Alfredo:
- Aquela história da terra, do atolamento, era verdade?
- Não, mas mesmo assim agora não seria uma boa hora pra testá-la.
E suas esposas já estavam na porta, os esperando de braços cruzados.