sexta-feira, 15 de julho de 2011

Henrique era um homem que não acreditava em Deus, no Diabo, em céu, em inferno e nada disso. Se o empirismo pudesse ter uma imagem, a dele seria a mais apropriada. Dizia: "Esse negócio de culpar o diabo por coisas ruins ou agradecer a Deus por coisas boas é furada. As coisas acontecem simplesmente porque tem de acontecer."

Certa vez, ele chegou no trabalho dez minutos atrasado e seu patrão o demitiu. Depois de pegar suas contas, passou numa lanchonete e por distração acabou jogando parte do dinheiro no lixo. Teve de pedir de carona. O motorista era maníaco sexual e queria estrupá-lo. Não hesitou, abriu a porta com o carro em movimento e se esborrachou todo. Por sorte, se encontrou num bairro vizinho ao seu. Depois de andar 45 minutos finalmente chegou em casa e pegou sua esposa o traindo e o pior de tudo, com uma mulher pois ele era extremamente homofóbico.

A única reação que teve foi olhar para os céus e dizer "O que eu fiz pra merecer, Deus?"

sábado, 12 de março de 2011

Crise na meia idade
Carlos era um garanhão de meia idade. Tinha qualquer mulher na mão, num estalar de dedos, ela - ou elas - estavam comendo em sua mão. Não se prendia a relacionamentos. Carlos era definitivamente o rei das mulheres.

Certo dia, mais exatamente numa sexta feira, fechou o escritório mais cedo e chamou o pessoal para ir à boate que tinha sido inaugurada há poucos dias. E todos foram.

Lá dentro, Carlos logo se incomodou com a presença do Serginho, um garotão na faixa dos 20, tão galanteador quanto Carlos, que na verdade se sentia ameaçado com o jovem.

Então Carlos avistou Maria Lúcia, doce Lucinha, e logo veio à lembrança a burrice de ter ficado logo com a Juliana, melhor amiga dela.

Carlos estava indo na direção da Maria Lucia quando Serginho foi mais rápido, falou alguma coisa no seu ouvido, ela riu e ele saiu com cara de safado. Pensou:
-Porra, a Lucinha não !
Carlos ficou no bar da boate. Só saía para ir ao banheiro e foi numa dessas idas e vindas que a Maria Lucia o avistou e foi falar com ele.
- Carlos? como vai?
- Vou bem.
- Ih, tá seco. Que bicho te mordeu?
- Pô Lucinha, você acha que tem idade para ficar com garotos mais jovens?
- Como assim Carlos?
- Aquele ali - apontando para o Serginho. Tá tendo um caso com ele?
- O Serginho?
- É.
- HAHAHAHAHA, tá de brincadeira.
- Não, eu vi como vocês se olharam.
- Carlos, ele é meu filho.
- Mentira !
- Sim e acho bom você ir acabando com essa raivinha dele.
- Por que ?
- Carlos, você lembra daquele final de semana em saquarema?
- Lembro, como lembro!
- Então...
Carlos ficou observando Serginho a noite toda ao lado da Lucinha procurando semalhanças entre os dois. E todo aquele ódio se transformou em orgulho e admiração até o teste de DNA comprovar a paternidade.

terça-feira, 8 de março de 2011

Farras Carnavalescas
Mário era casado com Joana, mas como ele dizia "Não era um detalhe desses que o iria impedir de às vezes relembrar seus tempos de solteiro".
Num carnaval, toda a turma da formatura de 5 anos atrás se reuniu com seus respectivos companheiros(as) num encontro na casa do Carlos. Mário e Alfredo estavam colocando seus papos masculino em dia enquanto suas esposas estavam se conhecendo e falando dos defeitos que ambos tinham em comum.

- Mário, tenho truques para enrolar a Natália
- Quais?
- Eu ando com um saco de terra no porta-malas, quando me atraso, sujo o carro todinho e digo que atolei.
E a festa fluiu normalmente, porém Juninho, o mais novo da turma se embriagou e não teve condições de assumir qualquer um de seus atos, tampouco dirigir.
Coube a Alfredo e Mário a incubência de levá-lo para casa. Na volta, a rua estava fechada por conta de um bloco. Os dois se olharam, não pensaram duas vezes e caíram na folia.
Se esbaldaram na promíscuidade carnavalesca. Era tanta farra que Mário desconfiou que Janaína, a mulher que Alfredo tinha dado um amasso, era na verdade transexual.
Depois de tanta farra, indo para casa, Mário diz para Alfredo:
- Aquela história da terra, do atolamento, era verdade?
- Não, mas mesmo assim agora não seria uma boa hora pra testá-la.
E suas esposas já estavam na porta, os esperando de braços cruzados.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Botafogo 106 anos
O Botafogo de Futebol e Regatas fez ontem dia 12/08, 106 anos de tradição, ídolos, glórias e títulos e eu como alvinegro apaixonado queria externar toda a minha paião pelo Glorioso da Estrela Solitária.

Eu conheci o Botafogo e passei a torcer por ele graças ao meu pai, um alvinegro doente. Eu tenho a impressão de que meu pai queria que eu fosse botafoguense, mas também não fazia muito esforço pra que isso acontecesse talvez pra ter um certo orgulho a mais do filho ter escolhido por livre vontade e não pelo fato do pai ter forçado.

E me encantei por aquele uniforme místico branco e preto que representa dois extremos como o yin e young, bem e o mal, a luz e a sombra. Algo que representa muito o clube, porque o Botafogo também é um time de extremos, às vezes está num bom momento e quando menos se espera esse bom momento.

Por ironia do destino, a idéia de formar o Botafogo começou numa aula de matemática, talvez por isso o Botafogo seja até hoje ligado aos números em especial o 7 que foi imortalizada por Garrincha, Jairzinho, Maurício, Túlio entre muitos outros. Até quando o Maurício, diga-se de passagem número 7 vez o gol que acabou com o jejum de 21 anos sem títulos, a matemática esteve místicamente ligada aquele jogo.


E destes 106 anos o que mais me orgulha é o fato de que não foi fácil chegar até aqui e não vai ser difícil completar mais cem anos com essa linda história que me contagia e me fascina. Parabéns Botafogo